A construção do novo Hospital Central do Alentejo, em Évora, projeto financiado pelo Programa Operacional Regional do Alentejo, relativo ao período de programação 2014-2020, e que vai receber 40 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), viu hoje aprovada a sua reclassificação, passando de projeto de grande dimensão para Grande Projeto, pela Comissão Europeia.
O anúncio foi feito pela Comissão Europeia que refere no seu comunicado, que o novo Hospital vai substituir o atual Hospital do Espírito Santo de Évora, passando o Alentejo a ter um “novo e ultramoderno hospital” que será “o principal da zona central da região do Alentejo, eliminando a necessidade de os doentes percorrerem longas distâncias para acederem a tratamentos e cuidados de emergência”.
Elisa Ferreira, comissária da Coesão e Reformas, refere na nota agora divulgada que “graças aos Fundos da Coesão, este projeto vai melhorar a qualidade de vida de muitos europeus, incrementando o acesso aos cuidados de saúde para cerca de 470 mil pessoas, o que aumentará a prevenção, a deteção precoce e o tratamento de doenças”.
Refira-se que a obra foi ganha em abril de 2020 pela Acciona Construcción por 148,9 milhões de euros, tendo o grupo espanhol sido o único a apresentar uma proposta válida. A conclusão das obras está prevista para o final de 2024.
O Hospital Central do Alentejo está a ser construído num terreno pertencente ao Estado Português, com uma área total de 75 hectares, sendo a área do lote do Hospital de 25 hectares e a área bruta de construção aproximadamente 100.000 m². O projeto da conceção desenvolve-se por 10 pisos diferentes, abaixo e acima do solo.
A área circundante do hospital será adaptada com a construção de duas novas estradas, vias pedonais e ciclovias, a fim de ligar o hospital às vias de circulação mais próximas.
No comunicado, é ainda referido que o novo hospital de Évora representa também um avanço importante na redução das emissões de CO2, pois para alem de permitir aos doentes receber tratamento localmente, limitando assim os tempos de viagem e as distâncias percorridas, “As emissões serão ainda mais reduzidas graças a uma frota de ambulâncias com zero emissões e à conceção extremamente avançada do edifício, que incluirá fontes de energia renováveis para produzir água quente, equipamento médico com baixo consumo de energia e a utilização de equipamentos de monitorização do ar condicionado para otimizar a sua eficiência energética”.
A nova unidade hospitalar vai servir 150 mil habitantes no Distrito de Évora e cerca de 440 mil em todo o Alentejo, em articulação com os hospitais de Beja, Portalegre, Elvas e Litoral Alentejano. Com mais de 30 especialidades e as mais recentes tecnologias de diagnóstico e tratamento, o Hospital Central do Alentejo vai dispor de 457 camas de internamento, 11 salas operatórias e 43 postos de recobro.